Por Lori Baroni Bósio

8 maneiras de homenagear seus avós no dia do seu casamento

postado em 26-07-2019

Amor de vô e vó é uma coisa de outro mundo. Quem me conhece sabe o quanto os meus avós são importantes (e super presentes!) na minha vida. No meu casamento, fiz questão que eles tivessem um lugar de destaque. Aqui vão algumas dicas de como você pode declarar seu amor a esses convidados ilustres.

Se você, como eu, tem sorte de ainda ter seus vovôs e vovós presentes no dia do seu casamento, com certeza deve considerar alguma maneira de homenagea-los. Eu agradeço todos os dias por ainda tê-los tão perto! E que privilégio foi ter Vó Josete, Vô João e Vó Zoraida comigo no meu Grande Dia. Tenho três avós que valem por mil!  

Minha Vó Josete, avó paterna, é uma figura. É aquele estereótipo de vovó que você já deve conseguir imaginar – adora cozinhar e me faz meias de tricô todo ano –, mas tem a língua mais afiada entre todos da família. Tente negar um pedaço de bolo à tarde pra você ver o que acontece com você! Criou 3 filhos e sempre foi a chefe da casa. Aprendi sobre as grandes virtudes e ouvi as melhores histórias antes de dormir, inventadas na hora, pra serem sempre novidade. Com ela, escrevi minha primeira grande obra chamada “O Cão que Virou Árvore” (kkkk). Achei que ia ser escritora quando crescesse e acabei sendo editora de arte na Revista CLAUDIA… até que não foi tão longe, né? Tudo porque minha imaginação corria solta nas tardes que passava desenhando ou fazendo biscoitinhos de manteiga em formatos divertidos. Vó Josete fazia uma mágica que até lavar louça virava brincadeira. Ano passado, 6 meses antes de me casar, ganhei minha primeira prima (EVER!) e lá foi Dona Josete fazer mágica de novo, pra pequena Cecília. Que sorte a nossa, de poder ter o melhor colo do mundo, né, Ceci?

Vô João, pai da minha mãe, é O CARA. Todos que o conhecem dizem isso. Médico por vocação, sempre me inspirou com seu jeito de olhar a profissão como paixão, e não como trabalho. Desde pequena, me incentivou a ser curiosa, a pegar nos bichos mais nojentos e a andar de pé descalço na lama. Passava horas com ele na marcenaria, onde ele fazia réplicas de cadeiras famosas em miniatura. O pulso da ciência sempre bateu tão forte quanto o da criatividade. Ano passado, Vô João enfrentou (e venceu!) um câncer. Foi a coisa mais difícil, mais assustadora que já aconteceu na nossa família. Senti muito orgulho de o ver enfrentando seus medos e encarando tudo sem perder o bom humor de sempre. No dia do nosso casamento, ele fez a última sessão de radioterapia. Estava com dor, mas não deixou de estar presente e de comemorar conosco, sempre regristrando todos os momentos com o seu iPhone (sim, ele é muito mais antenado do que eu!). Todas as minhas preces foram atendidas – tê-lo lá comigo foi a melhor parte de tudo. 

Minha Vó Zoraida deixa todo mundo de queixo caído com a sua beleza e elegância. Não é todo mundo que pode dizer que divide o guarda-roupas com a avó, não é mesmo? Pois comigo é verdade! Adoro emprestar as roupas e acessórios dela. Mas há muito mais além da postura impecável. É a mulher mais determinada que conheço. Escolheu também a Medicina e não deixou que ninguém a impedisse de realizar seus sonhos e de cumprir suas metas. Construiu uma vida do zero, ao lado do meu avô. Fez questão de investir na minha educação e, se hoje sou uma mulher independente e obstinada, é porque tive um belíssimo exemplo. 

Something borrowed

Desde o início, sabia que precisava prestar todas as homenagens a eles. Conversei com o Lu e estava decidido – iríamos casar na mesma data que a Vó Zoraida e o Vô João se casaram. Eles são o casal mais duradouro da nossas famílias. No dia do nosso casamento, eles completaram 45 anos de casados. Já ouviu falar na tradição americana de usar “something old, something new, something borrowed, something blue” (algo velho, algo novo, algo emprestado, algo azul) pra casar? Pois o meu something borrowed foi a data em si. Se der um décimo da sorte que meus avós tiveram em seu casamento, já valeu. (Sei muito bem que não foi sorte – foi amor, companheirismo e muuuuuita paciência. Ainda estamos aprendendo, mas vamos chegar lá!)

Flashback

Talvez você já tenha visto neste post mais antigo, mas aluguei o mesmo carro que a minha vó usou pra casar em 1973. Um Ford Galaxie 500 branco da Galaxie Locações. Óbvio que aproveitei pra fazer um remake de algumas das fotos preferidas do casamento dos meus avós. Não ficou um charme?

As alianças

Decidimos que meu avô levaria nossas alianças durante a cerimônia. Foi um dos meus momentos preferidos! Ele nos entregou a caixinha de jóias com os nossos anéis, como se ele nos desse sua benção nesse gesto, e significou demais pra mim. Pra esse momento, pedi ao Leo Padovani que compusesse uma versão especial de Dust in the Wind, de Sara Brightman, uma música que ouvíamos juntos quando eu era pequena. 

Um brinde!

Assim que entramos na recepção, puxamos um brinde à nós e a eles, os dois casais do dia 6 de outubro. Meu vô, pra comemorar seu aniversário de casamento, presenteou minha vó com um lindo anel de rubi – a pedra simbólica das bodas de 45 anos. Foi maravilhoso dividir a festa com eles e viver esse rito de passagem, onde recebemos a honra de continuar esse legado.

Quer mais? 

Se você também quer celebrar seus avós no seu casamento, aposte nessas ideias. 

1. P&B ou Sépia Com certeza as fotos antigas trarão toda a história da família à tona! Reúna os melhores cliques e crie um cantinho pra dispor de porta-retratos. Um projeto DIY delicioso pra fazer com o noivinho!

2. Sob os holofotes  Vovós e vovôs vão adorar ser convidados a participar da cerimônia. Vale a entrada como damas de honra ou na entrega das alianças. E, claro, por favor, reserve um lugar na primeira fila!

3. Vejo flores em você

Arrematar o buquê com um relicário dos queridos é um ideia tão fofa, mas tão fofa, que me dá uma leve palpitação. Se eles não estiverem mais com você, será um jeito doce e sensível de tornar essa lembrança ainda mais forte. O noivo também pode usar em um alfinete dentro do paletó. Quando as coisas são assim, só pra nós, é quando se tornam ainda mais marcantes.

4. Registre (e curta!) tudo

Esses são os momentos mais importantes da sua vida. As fotos vão eternizar a presença, o carinho, a memória. Pense em fotos que queira tirar especificamente com os seus avós e avise seu fotógrafo pra que não falte no repertório! Eu amo essa das mãozinhas e essa antes de entrar na igreja é simplesmente demais!

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